Extra! Uma empresa
de consultoria da Inglaterra realizou um estudo sobre a qualidade de vida em
centenas de cidades pelo mundo levando em consideração diversos aspectos com o
sistema de saúde, transporte público, meio ambiente, segurança, estabilidade
política e outros trinta itens. Em quinto lugar ficou a cidade de Vancouver no
Canadá, em quarto lugar, Munique na Alemanha, que por sinal, emplacou mais duas
cidades entre as dez melhores: Frankfurt em 7º lugar e Dusseldorf em 6º lugar.
Bem, voltando as melhores, terceiro lugar para a cidade de Auckland localizada
na Nova Zelândia; segundo lugar para Zurique na Suíça e, finalmente, a melhor
cidade do mundo em qualidade de vida para a sua população é Viena na Áustria.
Dentre as cidades brasileiras, a que ficou melhor ranqueada foi Brasília em
centésimo nono lugar (109º), seguido do Rio de Janeiro em centésimo, décimo
nono (119º) e São Paulo em centésimo, vigésimo lugar (120º).
Por que
será que a nossa melhor cidade em qualidade de vida está entre as piores? Vamos a outras informações importantes para
explicar este fato. Pelo quinto ano seguido o Brasil aparece como um dos países
que mais cobra impostos no mundo e também pela quinta vez seguida, entre as trinta
maiores economias do planeta, é o pais que apresenta a pior qualidade de
serviços públicos prestados a população em relação a arrecadação de impostos.
Este estudo envolveu a avaliação da qualidade de ensino, atendimento na área de
saúde pública, segurança e saneamento básico. O país que apresenta o melhor
custo benefício do pagamento de impostos é a Austrália. Neste ranking temos a
suíça em quarto lugar, o Canadá em sétimo e a Nova Zelândia em oitavo, países
que tem cidades entre as dez melhores do mundo em qualidade de vida. E a
variável corrupção não entrou no cálculo; se tivesse entrado a nossa situação
teria piorado, e muito.
Podemos
afirmar que dos 1,5 trilhão de reais que são arrecadados todos os anos em
impostos no Brasil, boa parte vai para o ralo devido a corrupção, a má gestão
dos recursos como obras inacabadas ou que são refeitas por erro de projetos e
investimentos e aos abusos dos poderes da União, Estados e até mesmo
municípios que reajustam seus próprios
salários e benefícios com contra cheques gordos que chegam, tranquilamente, a
valores muito acima de 100 mil reais em um país onde o salário mínimo não passa
de 800 reais.
A gestão
dos recursos públicos em nosso país é totalmente irresponsável onde os seus
rombos ou déficits são repassados para a população pagar, uma população que não
tem mais dinheiro para pagar esta conta criada pelos nossos “gestores” públicos.
O Brasil deve repensar a sua gestão pública, política, social e econômica pois
estamos caminhando cada vez mais para dentro de um buraco que parece sem fundo.
Infelizmente ainda votamos nos candidatos que falam bonito e que tem maior
poder de mídia e recursos financeiros. O voto deveria ser dado para candidatos
com históricos verdadeiros de participação pública e seriedade em processos de
gestão. Espero que nas próximas eleições, beijo em criancinha, abraço em idoso e beber cachaça no boteco da
favela não seja o único motivo para achar que o candidato é o ideal.
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