sábado, 8 de agosto de 2015

A GESTÃO PÚBLICA E A QUALIDADE DE VIDA NAS CIDADES (PUBLIC MANAGEMENT AND THE QUALITY OF LIFE IN CITIES)

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Extra! Uma empresa de consultoria da Inglaterra realizou um estudo sobre a qualidade de vida em centenas de cidades pelo mundo levando em consideração diversos aspectos com o sistema de saúde, transporte público, meio ambiente, segurança, estabilidade política e outros trinta itens. Em quinto lugar ficou a cidade de Vancouver no Canadá, em quarto lugar, Munique na Alemanha, que por sinal, emplacou mais duas cidades entre as dez melhores: Frankfurt em 7º lugar e Dusseldorf em 6º lugar. Bem, voltando as melhores, terceiro lugar para a cidade de Auckland localizada na Nova Zelândia; segundo lugar para Zurique na Suíça e, finalmente, a melhor cidade do mundo em qualidade de vida para a sua população é Viena na Áustria. Dentre as cidades brasileiras, a que ficou melhor ranqueada foi Brasília em centésimo nono lugar (109º), seguido do Rio de Janeiro em centésimo, décimo nono (119º) e São Paulo em centésimo, vigésimo lugar (120º).
Por que será que a nossa melhor cidade em qualidade de vida está entre as piores?  Vamos a outras informações importantes para explicar este fato. Pelo quinto ano seguido o Brasil aparece como um dos países que mais cobra impostos no mundo e também pela quinta vez seguida, entre as trinta maiores economias do planeta, é o pais que apresenta a pior qualidade de serviços públicos prestados a população em relação a arrecadação de impostos. Este estudo envolveu a avaliação da qualidade de ensino, atendimento na área de saúde pública, segurança e saneamento básico. O país que apresenta o melhor custo benefício do pagamento de impostos é a Austrália. Neste ranking temos a suíça em quarto lugar, o Canadá em sétimo e a Nova Zelândia em oitavo, países que tem cidades entre as dez melhores do mundo em qualidade de vida. E a variável corrupção não entrou no cálculo; se tivesse entrado a nossa situação teria piorado, e muito.
Podemos afirmar que dos 1,5 trilhão de reais que são arrecadados todos os anos em impostos no Brasil, boa parte vai para o ralo devido a corrupção, a má gestão dos recursos como obras inacabadas ou que são refeitas por erro de projetos e investimentos e aos abusos dos poderes da União, Estados e até mesmo municípios  que reajustam seus próprios salários e benefícios com contra cheques gordos que chegam, tranquilamente, a valores muito acima de 100 mil reais em um país onde o salário mínimo não passa de 800 reais.

A gestão dos recursos públicos em nosso país é totalmente irresponsável onde os seus rombos ou déficits são repassados para a população pagar, uma população que não tem mais dinheiro para pagar esta conta criada pelos nossos “gestores” públicos. O Brasil deve repensar a sua gestão pública, política, social e econômica pois estamos caminhando cada vez mais para dentro de um buraco que parece sem fundo. Infelizmente ainda votamos nos candidatos que falam bonito e que tem maior poder de mídia e recursos financeiros. O voto deveria ser dado para candidatos com históricos verdadeiros de participação pública e seriedade em processos de gestão. Espero que nas próximas eleições, beijo em criancinha,  abraço em idoso e beber cachaça no boteco da favela não seja o único motivo para achar que o candidato é o ideal.

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