domingo, 24 de setembro de 2017

POLÍTICAS PÚBLICAS UFVJM - AULA 1


POLÍTICAS PÚBLICAS UFVJM - AULA 2


POLÍTICAS PÚBLICAS UFVJM - AULA 3


POLÍTICAS PÚBLICAS UFVJM - AULA 4


POLÍTICAS PÚBLICAS UFVJM - AULA 5


POLÍTICAS PÚBLICAS UFVJM - AULA 6


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NESTE PROGRAMA FALAMOS SOBRE A DESCONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS (AGROTÓXICOS E MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS). PROGRAMA ALTEROSA RURAL


domingo, 10 de setembro de 2017

A COMPETÊNCIA DOS GESTORES MUNICIPAIS (PREFEITOS) NA EXECUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

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Acabou-se o tempo em que o gestor público falava em seu discurso: “Vou fazer, vou criar, vou...”. Os gestores perceberam que eles não fazem nada sozinhos sem estarem amparados por uma equipe séria e qualificada e o apoio popular. Digo isto por experiência. Na Universidade tenho reuniões periódicas com alunos bolsistas e estagiários e realizo encontros chamados de “tempestade de idéias”. Nesta reunião eles expõem seus pensamentos e raciocínio lógico e o meu papel passa a ser de coordenar e filtrar as idéias. E das várias idéias expostas surgem linhas de raciocínio interessantes que aplicamos em nossas pesquisas. Oscar Nyemeier idealizou o Museu de Arte Contemporânea de Niteroí desenhando em um guardanapo, tomando um chopp em um boteco, sentado na orla da praia. As idéias surgem assim, de conversas e diálogos com as pessoas e suas experiências pessoais.
Quando falamos de gestão ambiental  em um município ou região parece simples, afinal, basta reflorestar para recuperarmos os solos e as nascentes, aumentando a quantidade e a  qualidade das águas dos rios e o retorno dos animais silvestres, mas o processo é mais complexo do que parece. Toda a logística é ampla, desde a definição das espécies sucessórias, os recursos financeiros, a participação das pessoas das zonas urbana e rural e de instituições públicas e privadas. Com o início das discussões devemos organizar as idéias, definir etapas de planejamento, calcular os investimentos necessários  e, finalmente, chegando a parte mais difícil do programa: iniciar a sua execução e acompanhamento do processo. Deve-se  evitar que aconteça o mesmo que ocorre com a maioria dos projetos em nosso país que são iniciados, mas não concluídos, com desgaste dos gestores e muitas vezes, dinheiro jogado no ralo.

Este é o papel do verdadeiro gestor: saber ouvir, saber organizar e saber conduzir as atividades em parceria com os membros de sua gestão e com a sociedade. Apesar da crise que o país atravessa, sabemos que recursos existem, afinal fazemos parte da sociedade que mais paga impostos no mundo. Com a integração e o diálogo do setor público, o setor privado e a sociedade, com certeza teríamos uma melhor situação ambiental, social e econômica que promoveria o nosso desenvolvimento. As soluções dos nossos problemas não estão nos gabinetes mas na sociedade organizada. 

sábado, 9 de setembro de 2017

O MEIO AMBIENTE E A POBREZA


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Comentamos sempre sobre meio ambiente, conservação da água, do solo, das plantas e dos animais. Sabemos que o planeta passa por momentos críticos em relação às mudanças climáticas, redução das chuvas, rios com vazões muito reduzidas e outros problemas que percebemos no nosso dia a dia.  Mas toda discussão ambiental perde sentido quando não incluímos outros pontos muito importantes: os fatores culturais, sociais e econômicos. O agronegócio é muito criticado no Brasil pelos ambientalistas pelo seu impacto ambiental no desmatamento, ocupação de áreas, processos erosivos, contaminação por agrotóxicos e outras acusações.  É claro que a atividade é impactante ao meio ambiente e que deve ser conduzida de forma racional para reduzir ao máximo os seus impactos, mas devemos  lembrar que é uma atividade que gera dezenas de milhões de empregos diretos e indiretos, além de garantir o abastecimento regular de alimentos na mesa do brasileiro e ser responsável por quase metade da balança comercial brasileira de exportações.  Se pagamos dez reais por um pacote de cinco quilos de arroz, devemos agradecer aos que produzem. O leite e o feijão subiram assustadoramente, mas devido a questões climáticas  e que, com o próximo período chuvoso, tendem a melhorar a oferta e reduzir os preços. O tomate é um exemplo claro: há pouco tempo atrás o quilo estava próximo aos dez reais e hoje podemos comprar na promoção a aproximadamente dois reais.
Outro ponto que devemos observar é o fator social. Falar de meio ambiente e cobrar ações de quem vive na pobreza ou pobreza extrema é um grande contrassenso. O ser humano deve ser o centro de nossas atenções. Nos comovemos quando assistimos vídeos de animais sendo maltratados ou sacrificados nas redes sociais como no caso do festival de carne de cachorro da China, mas observamos que quando um ser humano é morto ou agredido, registrado em sua pobreza extrema ou morrendo nos corredores de hospitais sem atendimento,  a comoção é temporária.  Devemos agir sempre na defesa dos animais, mas o homem deve estar sempre à frente de nossas comoções e ações.  

Quando falamos de meio ambiente e de sua proteção devemos inserir nesta discussão o ser humano que é parte integrante deste meio ambiente. Devemos discutir a sustentabilidade social e econômica das comunidades associadas a conservação ambiental. Como podemos preservar o meio ambiente gerando receita, renda e melhoria na qualidade de vida das pessoas? O meio ambiente preservado pode ser uma grande fonte de renda para as comunidades.  O ser humano tem necessidade de contato com a natureza, até mesmo a mais urbana das pessoas, mas o nosso semelhante deve estar sempre em primeiro lugar. 

NESTE PROGRAMA FALAMOS SOBRE O FUNGO CAUSADOR DA FERRUGEM DAS PASTAGENS. PROGRAMA ALTEROSA RURAL


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

O PRODUTO INTERNO BRUTO DE MINAS GERAIS E AS DESIGUALDADES SOCIAIS




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Toda riqueza produzida pelo país, pelos estados e pelos municípios é denominado Produto Interno Bruto, também conhecido como PIB. Todos os anos, o desempenho é avaliado e através destes números, conseguimos avaliar o desempenho de uma economia, se ela cresceu ou entrou em recessão. Quando relacionamos o PIB com o total da população, temos o PIB per capita. Este valor indica o potencial de riquezas geradas em função de cada residente, ou seja, se o trabalho e a mão de obra que está sendo empregada está gerando muita ou pouca riqueza. Por exemplo, um dia de trabalho na lavoura de um agricultor familiar é menos rentável financeiramente do que um dia de trabalho de um operário em uma fábrica de televisores. O Estado de Minas Gerais ocupa o segundo lugar no Brasil em relação a geração de riquezas, só perdendo para São Paulo, mas quando analisamos o Estado de Minas verificamos a sua monstruosa discrepância de produção de riquezas per capita entre os municípios. O município que mais produz riquezas por habitante em Minas é São Gonçalo do Rio Abaixo no Vale do Rio Doce com impressionantes 262 mil reais, considerando o ano de 2014. O seu extraordinário desempenho é oriundo da exploração de minério no município. Além de São Gonçalo do Rio Abaixo, outras cidades que exploram a extração mineral estão entre os quinze melhores resultados do Estado para o PIB per capita como Nova Lima, Catas Altas, Mariana, Ouro Branco, Ouro Preto e Itabirito. Em Terceiro lugar no ranquing do Estado encontramos o surpreendente município de Extrema, no Sul de Minas com quase 145 mil reais de PIB per capita. Um município que apostou no meio ambiente e no modelo sustentável de crescimento hoje colhe os frutos de uma boa gestão municipal com extensas áreas de preservação ambiental nas propriedades rurais e inúmeras indústrias de tecnologia que lá se instalaram oferecendo excelentes empregos de elevada rentabilidade, fazendo o desemprego cair para quase zero e sem explorar o processo de extração mineral.
No Médio Rio Doce, destaque para Belo Oriente com a presença de uma grande indústria de celulose e um PIB per capita de 46 mil reais. Outras cidades de destaque na região são Ipatinga com 36 mil reais e Timóteo com 32 mil reais de PIB per capita graças as suas indústrias de aço. Na região o destaque negativo é Governador Valadares, a cidade mais populosa do Vale do Rio Doce com 285 mil habitantes, mas com um PIB per capita de apenas 18 mil reais, a metade do município de Ipatinga. No outro extremo dos 853 municípios de Minas Gerais encontramos as cidades do Vale do Mucuri e Jequitinhonha como Caraí, Chapada do Norte, Setubinha e Ladainha com valores de PIB per capita em torno de 5 mil reais.
Os números nos mostram que o Estado possui uma desigualdade muito grande na geração de suas riquezas principalmente porque apresentou um histórico de ocupação e desenvolvimento muito irregular, mas sabemos que não é só isto. O histórico das gestões políticas baseado em acordos, ingerências e desvios de recursos levou vários dos municípios das regiões Norte e Nordeste de Minas a completa falência e pobreza, sendo praticamente impossível de sobreviver sem a ajuda do Estado e da União. Sem um planejamento público adequado baseado no desenvolvimento sustentável e a gestão correta dos recursos financeiros, os municípios pobres ficarão cada vez mais pobres e aí, o último que sair apaga a luz.