sábado, 9 de setembro de 2017

O MEIO AMBIENTE E A POBREZA


Resultado de imagem para floresta da tijuca e a favela

Comentamos sempre sobre meio ambiente, conservação da água, do solo, das plantas e dos animais. Sabemos que o planeta passa por momentos críticos em relação às mudanças climáticas, redução das chuvas, rios com vazões muito reduzidas e outros problemas que percebemos no nosso dia a dia.  Mas toda discussão ambiental perde sentido quando não incluímos outros pontos muito importantes: os fatores culturais, sociais e econômicos. O agronegócio é muito criticado no Brasil pelos ambientalistas pelo seu impacto ambiental no desmatamento, ocupação de áreas, processos erosivos, contaminação por agrotóxicos e outras acusações.  É claro que a atividade é impactante ao meio ambiente e que deve ser conduzida de forma racional para reduzir ao máximo os seus impactos, mas devemos  lembrar que é uma atividade que gera dezenas de milhões de empregos diretos e indiretos, além de garantir o abastecimento regular de alimentos na mesa do brasileiro e ser responsável por quase metade da balança comercial brasileira de exportações.  Se pagamos dez reais por um pacote de cinco quilos de arroz, devemos agradecer aos que produzem. O leite e o feijão subiram assustadoramente, mas devido a questões climáticas  e que, com o próximo período chuvoso, tendem a melhorar a oferta e reduzir os preços. O tomate é um exemplo claro: há pouco tempo atrás o quilo estava próximo aos dez reais e hoje podemos comprar na promoção a aproximadamente dois reais.
Outro ponto que devemos observar é o fator social. Falar de meio ambiente e cobrar ações de quem vive na pobreza ou pobreza extrema é um grande contrassenso. O ser humano deve ser o centro de nossas atenções. Nos comovemos quando assistimos vídeos de animais sendo maltratados ou sacrificados nas redes sociais como no caso do festival de carne de cachorro da China, mas observamos que quando um ser humano é morto ou agredido, registrado em sua pobreza extrema ou morrendo nos corredores de hospitais sem atendimento,  a comoção é temporária.  Devemos agir sempre na defesa dos animais, mas o homem deve estar sempre à frente de nossas comoções e ações.  

Quando falamos de meio ambiente e de sua proteção devemos inserir nesta discussão o ser humano que é parte integrante deste meio ambiente. Devemos discutir a sustentabilidade social e econômica das comunidades associadas a conservação ambiental. Como podemos preservar o meio ambiente gerando receita, renda e melhoria na qualidade de vida das pessoas? O meio ambiente preservado pode ser uma grande fonte de renda para as comunidades.  O ser humano tem necessidade de contato com a natureza, até mesmo a mais urbana das pessoas, mas o nosso semelhante deve estar sempre em primeiro lugar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário