Artigos, textos e entrevistas do autor sobre os diversos assuntos que envolvem o meio ambiente, saúde e qualidade de vida dos habitantes deste fantástico planeta chamado terra.(Articles, texts and author interviews on the various issues involving the environment, health and population life quality of this amazing planet called earth)
sábado, 30 de setembro de 2017
domingo, 24 de setembro de 2017
segunda-feira, 18 de setembro de 2017
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
domingo, 10 de setembro de 2017
A COMPETÊNCIA DOS GESTORES MUNICIPAIS (PREFEITOS) NA EXECUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Acabou-se o tempo em que o gestor
público falava em seu discurso: “Vou fazer, vou criar, vou...”. Os gestores
perceberam que eles não fazem nada sozinhos sem estarem amparados por uma
equipe séria e qualificada e o apoio popular. Digo isto por experiência. Na
Universidade tenho reuniões periódicas com alunos bolsistas e estagiários e
realizo encontros chamados de “tempestade de idéias”. Nesta reunião eles expõem
seus pensamentos e raciocínio lógico e o meu papel passa a ser de coordenar e
filtrar as idéias. E das várias idéias expostas surgem linhas de raciocínio
interessantes que aplicamos em nossas pesquisas. Oscar Nyemeier idealizou o
Museu de Arte Contemporânea de Niteroí desenhando em um guardanapo, tomando um
chopp em um boteco, sentado na orla da praia. As idéias surgem assim, de
conversas e diálogos com as pessoas e suas experiências pessoais.
Quando falamos de gestão
ambiental em um município ou região
parece simples, afinal, basta reflorestar para recuperarmos os solos e as
nascentes, aumentando a quantidade e a
qualidade das águas dos rios e o retorno dos animais silvestres, mas o
processo é mais complexo do que parece. Toda a logística é ampla, desde a
definição das espécies sucessórias, os recursos financeiros, a participação das
pessoas das zonas urbana e rural e de instituições públicas e privadas. Com o
início das discussões devemos organizar as idéias, definir etapas de
planejamento, calcular os investimentos necessários e, finalmente, chegando a parte mais difícil
do programa: iniciar a sua execução e acompanhamento do processo. Deve-se evitar que aconteça o mesmo que ocorre com a
maioria dos projetos em nosso país que são iniciados, mas não concluídos, com
desgaste dos gestores e muitas vezes, dinheiro jogado no ralo.
Este é o papel do verdadeiro
gestor: saber ouvir, saber organizar e saber conduzir as atividades em parceria
com os membros de sua gestão e com a sociedade. Apesar da crise que o país
atravessa, sabemos que recursos existem, afinal fazemos parte da sociedade que
mais paga impostos no mundo. Com a integração e o diálogo do setor público, o
setor privado e a sociedade, com certeza teríamos uma melhor situação
ambiental, social e econômica que promoveria o nosso desenvolvimento. As
soluções dos nossos problemas não estão nos gabinetes mas na sociedade
organizada.
sábado, 9 de setembro de 2017
O MEIO AMBIENTE E A POBREZA
Comentamos sempre sobre meio ambiente, conservação da água, do solo, das
plantas e dos animais. Sabemos que o planeta passa por momentos críticos em
relação às mudanças climáticas, redução das chuvas, rios com vazões muito
reduzidas e outros problemas que percebemos no nosso dia a dia. Mas toda discussão ambiental perde sentido
quando não incluímos outros pontos muito importantes: os fatores culturais,
sociais e econômicos. O agronegócio é muito criticado no Brasil pelos
ambientalistas pelo seu impacto ambiental no desmatamento, ocupação de áreas,
processos erosivos, contaminação por agrotóxicos e outras acusações. É claro que a atividade é impactante ao meio
ambiente e que deve ser conduzida de forma racional para reduzir ao máximo os
seus impactos, mas devemos lembrar que é
uma atividade que gera dezenas de milhões de empregos diretos e indiretos, além
de garantir o abastecimento regular de alimentos na mesa do brasileiro e ser
responsável por quase metade da balança comercial brasileira de exportações. Se pagamos dez reais por um pacote de cinco
quilos de arroz, devemos agradecer aos que produzem. O leite e o feijão subiram
assustadoramente, mas devido a questões climáticas e que, com o próximo período chuvoso, tendem
a melhorar a oferta e reduzir os preços. O tomate é um exemplo claro: há pouco
tempo atrás o quilo estava próximo aos dez reais e hoje podemos comprar na
promoção a aproximadamente dois reais.
Outro ponto que devemos observar é o fator social. Falar de meio
ambiente e cobrar ações de quem vive na pobreza ou pobreza extrema é um grande
contrassenso. O ser humano deve ser o centro de nossas atenções. Nos comovemos
quando assistimos vídeos de animais sendo maltratados ou sacrificados nas redes
sociais como no caso do festival de carne de cachorro da China, mas observamos
que quando um ser humano é morto ou agredido, registrado em sua pobreza extrema
ou morrendo nos corredores de hospitais sem atendimento, a comoção é temporária. Devemos agir sempre na defesa dos animais,
mas o homem deve estar sempre à frente de nossas comoções e ações.
Quando falamos de meio ambiente e de sua proteção devemos inserir nesta
discussão o ser humano que é parte integrante deste meio ambiente. Devemos
discutir a sustentabilidade social e econômica das comunidades associadas a
conservação ambiental. Como podemos preservar o meio ambiente gerando receita,
renda e melhoria na qualidade de vida das pessoas? O meio ambiente preservado
pode ser uma grande fonte de renda para as comunidades. O ser humano tem necessidade de contato com a
natureza, até mesmo a mais urbana das pessoas, mas o nosso semelhante deve
estar sempre em primeiro lugar.
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
O PRODUTO INTERNO BRUTO DE MINAS GERAIS E AS DESIGUALDADES SOCIAIS
Toda riqueza produzida pelo país, pelos estados e pelos municípios é denominado Produto Interno Bruto, também conhecido como PIB. Todos os anos, o desempenho é avaliado e através destes números, conseguimos avaliar o desempenho de uma economia, se ela cresceu ou entrou em recessão. Quando relacionamos o PIB com o total da população, temos o PIB per capita. Este valor indica o potencial de riquezas geradas em função de cada residente, ou seja, se o trabalho e a mão de obra que está sendo empregada está gerando muita ou pouca riqueza. Por exemplo, um dia de trabalho na lavoura de um agricultor familiar é menos rentável financeiramente do que um dia de trabalho de um operário em uma fábrica de televisores. O Estado de Minas Gerais ocupa o segundo lugar no Brasil em relação a geração de riquezas, só perdendo para São Paulo, mas quando analisamos o Estado de Minas verificamos a sua monstruosa discrepância de produção de riquezas per capita entre os municípios. O município que mais produz riquezas por habitante em Minas é São Gonçalo do Rio Abaixo no Vale do Rio Doce com impressionantes 262 mil reais, considerando o ano de 2014. O seu extraordinário desempenho é oriundo da exploração de minério no município. Além de São Gonçalo do Rio Abaixo, outras cidades que exploram a extração mineral estão entre os quinze melhores resultados do Estado para o PIB per capita como Nova Lima, Catas Altas, Mariana, Ouro Branco, Ouro Preto e Itabirito. Em Terceiro lugar no ranquing do Estado encontramos o surpreendente município de Extrema, no Sul de Minas com quase 145 mil reais de PIB per capita. Um município que apostou no meio ambiente e no modelo sustentável de crescimento hoje colhe os frutos de uma boa gestão municipal com extensas áreas de preservação ambiental nas propriedades rurais e inúmeras indústrias de tecnologia que lá se instalaram oferecendo excelentes empregos de elevada rentabilidade, fazendo o desemprego cair para quase zero e sem explorar o processo de extração mineral.
No Médio Rio Doce, destaque para Belo Oriente com a presença de uma grande indústria de celulose e um PIB per capita de 46 mil reais. Outras cidades de destaque na região são Ipatinga com 36 mil reais e Timóteo com 32 mil reais de PIB per capita graças as suas indústrias de aço. Na região o destaque negativo é Governador Valadares, a cidade mais populosa do Vale do Rio Doce com 285 mil habitantes, mas com um PIB per capita de apenas 18 mil reais, a metade do município de Ipatinga. No outro extremo dos 853 municípios de Minas Gerais encontramos as cidades do Vale do Mucuri e Jequitinhonha como Caraí, Chapada do Norte, Setubinha e Ladainha com valores de PIB per capita em torno de 5 mil reais.
Os números nos mostram que o Estado possui uma desigualdade muito grande na geração de suas riquezas principalmente porque apresentou um histórico de ocupação e desenvolvimento muito irregular, mas sabemos que não é só isto. O histórico das gestões políticas baseado em acordos, ingerências e desvios de recursos levou vários dos municípios das regiões Norte e Nordeste de Minas a completa falência e pobreza, sendo praticamente impossível de sobreviver sem a ajuda do Estado e da União. Sem um planejamento público adequado baseado no desenvolvimento sustentável e a gestão correta dos recursos financeiros, os municípios pobres ficarão cada vez mais pobres e aí, o último que sair apaga a luz.
domingo, 3 de setembro de 2017
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