quarta-feira, 30 de março de 2016

DESASTRE AMBIENTAL PREVISÍVEL PELO USO DOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS



  

Duas agências americanas que monitoram o clima no planeta, a Noaa e a Nasa informaram que 2015 foi o ano mais quente já registrado no planeta desde o início das medições em 1880, há 136 anos. Os céticos poderiam falar que foi devido, não a atividade humana mas aos fatores climáticos como o El Ninho, afinal, o que ocorre neste período está entre os três mais intensos já registrados.  Mas o recorde anterior de temperatura ocorreu em 2014, um ano antes. Coincidência? Talvez. Mas para os defensores das mudanças climáticas a informação a seguir tem muito peso. Segundo estas agências que monitoram o clima, dos 16 registros de anos mais quentes da história, 15 ocorreram em pleno século 21, ou seja, entre ao anos de 2000 e 2015, o outro ano de recordes de temperatura foi em 1998, não muito distante do século 21. E as previsões dos cientistas para 2016 são de novo recorde de temperatura global com tendência de alta.
Na pesquisa das condições climáticas do planeta temos duas situações. O registro do que já aconteceu e o que poderá acontecer, no futuro. A previsão são fatos climáticos  que poderão acontecer. Não é bola de cristal, mas tem fundamento nos fatos climáticos que já aconteceram. Apesar disto não existe total certeza de que irá acontecer. Já os fatos climáticos que aconteceram são indiscutíveis e não tem como mudar. Então podemos afirmar que, nas últimas décadas a temperatura global do planeta tem subido anualmente. Este aquecimento da atmosfera altera o ciclo das águas no planeta com chuvas cada vez mais intensas e períodos de estiagem e secas mais prolongados.
Claro que o El Ninho, evento climático que aquece as águas do Oceano Pacífico e bagunça o clima do planeta interfere no clima global, mas a ação do homem também é muito intensa e contribui paras este aquecimento. Vamos imaginar o planeta queimando anualmente 33 bilhões de barris de petróleo. Em litros estes valores passam para cinco trilhões ou dois milhões de piscinas olímpicas. O carvão mineral também é extraído das profundezas da terra para ser queimado gerando energia. Em 2013 foram minerados quase oito bilhões de toneladas. As reservas estimadas de petróleo no mundo são de 1,3 trilhões de barris e de carvão mineral, 1,2 trilhão de toneladas. Imaginem toda esta quantidade queimada ao longo dos anos liberando bilhões de toneladas de gases na atmosfera e principalmente o CO2, causador do efeito estufa.

As políticas energéticas mundial devem ser mudadas urgentemente, sob pena de pagarmos um preço alto pela nossa poluição atmosférica. Muitos países estão readequando as suas políticas energéticas, mas ainda é pouco, considerando que os maiores poluidores do planeta, a China e os Estados Unidos pouco fazem para mudar este quadro. Esperamos que estas reuniões mundiais sobre o clima que acontece anualmente em algum lugar do mundo não seja apenas pretexto para dirigentes e integrantes de organizações públicas e privadas fazerem turismo e postar selfies nas redes sociais.

domingo, 6 de março de 2016

O VÍRUS DA ZIKA CONSEGUIRÁ EXTINGUIR UMA NAÇÃO?

   

A história mostra ao longo da ocupação humana na face da terra que muitas populações foram extintas ou abandonaram totalmente determinadas regiões devido a insetos vetores de doenças e as próprias doenças. A peste negra, a gripe espanhola e outras doenças que dizimaram populações na Europa e também no Brasil. Agora temos mais um vírus, o Zika, aterrorizando a população brasileira, principalmente as mulheres. Duas notícias sobre as pesquisas com o vírus, que ainda precisam ser confirmadas com mais precisão, são assustadoras: primeiro, ao que parece, o pernilongo comum, presente em maior quantidade no ambiente brasileiro que o Aedes, o mosquito da dengue, também pode transmitir o vírus Zika. Caso seja confirmado podemos afirmar que, em pouco tempo, quase toda a população brasileira passará pela experiência de adquirir o vírus da Zika. E devemos lembrar que o vírus, após se estabelecerem no organismo humano, ficará para sempre. Mas, a notícia mais estarrecedora e dramática foi noticiada recentemente: Experimentos em laboratório realizado por pesquisadores brasileiros indicaram que o vírus da Zika tem capacidade para infectar e matar células do sistema nervoso do embrião humano. Segundo os pesquisadores a ação deste vírus no embrião, na sua fase inicial, poderia levar a sua morte e o aborto enquanto, se esta infecção ocorrer mais tardiamente causaria anomalias no desenvolvimento do sistema nervoso do feto e a microcefalia. Devemos sempre lembrar que são estudos preliminares onde qualquer afirmação seria falsa, mas os indícios caminham para esta conclusão.
Caso seja realmente confirmada, provavelmente teremos uma mudança drástica de comportamento das mulheres e dos casais mais jovens no Brasil. Nas últimas décadas a pirâmide etária do Brasil alterou-se drasticamente. No século passado, na década de sessenta, as mulheres tinham, em média, mais de três filhos. O ultimo censo brasileiro mostrou que este valor caiu para menos de 1,5 filho por casal. Esta mudança de comportamento das famílias ocorreu por vários fatores como ajustes orçamentários, educação, qualidade de vida e a mudança de paradigma da própria mulher. Com isto, a nossa pirâmide etária que tinha uma base larga, ou seja, uma grande população de jovens, mudou. Agora a base é estreita, com poucos jovens. A maior parte da população brasileira está com idade entre 20 e 40 anos e envelhecendo. O provável estrago causado por este vírus está fazendo muitas famílias repensarem os filhos com medo do risco do aborto e da microcefalia. A nossa população jovem diminuirá drasticamente  com as famílias tendo cada vez menos filhos, ou até mesmo abrindo mão deles, ou seja, não ter filhos. Com isto a população envelhecerá, morrerá e tenderemos a uma diminuição da população com as mortes superando os nascimentos.

O Brasil depende mais do que nunca dos seus pesquisadores virologistas para tentar conter o avanço deste vírus descobrindo o seu mecanismo de ação no organismo humano e desenvolvendo vacinas para o seu controle. Mas não podemos esquecer da nossa parte: sem mosquito, sem vírus.