Duas agências americanas que monitoram o clima no planeta, a Noaa e
a Nasa informaram que 2015 foi o ano mais quente já registrado no planeta desde
o início das medições em 1880, há 136 anos. Os céticos poderiam falar que foi
devido, não a atividade humana mas aos fatores climáticos como o El Ninho,
afinal, o que ocorre neste período está entre os três mais intensos já
registrados. Mas o recorde anterior de
temperatura ocorreu em 2014, um ano antes. Coincidência? Talvez. Mas para os
defensores das mudanças climáticas a informação a seguir tem muito peso.
Segundo estas agências que monitoram o clima, dos 16 registros de anos mais
quentes da história, 15 ocorreram em pleno século 21, ou seja, entre ao anos de
2000 e 2015, o outro ano de recordes de temperatura foi em 1998, não muito
distante do século 21. E as previsões dos cientistas para 2016 são de novo
recorde de temperatura global com tendência de alta.
Na pesquisa das condições climáticas do planeta temos duas
situações. O registro do que já aconteceu e o que poderá acontecer, no futuro.
A previsão são fatos climáticos que
poderão acontecer. Não é bola de cristal, mas tem fundamento nos fatos climáticos
que já aconteceram. Apesar disto não existe total certeza de que irá acontecer.
Já os fatos climáticos que aconteceram são indiscutíveis e não tem como mudar.
Então podemos afirmar que, nas últimas décadas a temperatura global do planeta
tem subido anualmente. Este aquecimento da atmosfera altera o ciclo das águas
no planeta com chuvas cada vez mais intensas e períodos de estiagem e secas
mais prolongados.
Claro que o El Ninho, evento climático que aquece as águas do Oceano
Pacífico e bagunça o clima do planeta interfere no clima global, mas a ação do
homem também é muito intensa e contribui paras este aquecimento. Vamos imaginar
o planeta queimando anualmente 33 bilhões de barris de petróleo. Em litros
estes valores passam para cinco trilhões ou dois milhões de piscinas olímpicas.
O carvão mineral também é extraído das profundezas da terra para ser queimado
gerando energia. Em 2013 foram minerados quase oito bilhões de toneladas. As
reservas estimadas de petróleo no mundo são de 1,3 trilhões de barris e de
carvão mineral, 1,2 trilhão de toneladas. Imaginem toda esta quantidade
queimada ao longo dos anos liberando bilhões de toneladas de gases na atmosfera
e principalmente o CO2, causador do efeito estufa.
As políticas energéticas mundial devem ser mudadas urgentemente, sob
pena de pagarmos um preço alto pela nossa poluição atmosférica. Muitos países
estão readequando as suas políticas energéticas, mas ainda é pouco,
considerando que os maiores poluidores do planeta, a China e os Estados Unidos
pouco fazem para mudar este quadro. Esperamos que estas reuniões mundiais sobre
o clima que acontece anualmente em algum lugar do mundo não seja apenas
pretexto para dirigentes e integrantes de organizações públicas e privadas
fazerem turismo e postar selfies nas redes sociais.