https://www.youtube.com/watch?v=hpgFM2g14AI
Artigos, textos e entrevistas do autor sobre os diversos assuntos que envolvem o meio ambiente, saúde e qualidade de vida dos habitantes deste fantástico planeta chamado terra.(Articles, texts and author interviews on the various issues involving the environment, health and population life quality of this amazing planet called earth)
terça-feira, 24 de novembro de 2015
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
domingo, 15 de novembro de 2015
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
MAIS UMA BARRAGEM, MAIS UMA TRAGÉDIA
E mais uma barragem de rejeitos da mineração se
rompe em Minas Gerais. Nos últimos 14 anos inúmeras tragédias humanas e
ambientais foram registradas no Estado. Na cidade de Nova Lima em 2001; 2007 em
Miraí; 2014 em Itabirito e agora em 2015 no Município de Mariana. Dezenas de
pessoas mortas e feridas, perdas de inúmeras residências, carros e diversos
bens, criações e plantações perdidas e danos ambientais incalculáveis para a vegetação
e principalmente, os recursos hídricos. Durante as minhas aulas de impactos
ambientais no uso dos recursos hídricos, um dos assuntos abordados é o impacto
das atividades da mineração. E agora, infelizmente, mais este triste exemplo estarei
utilizando.
Muitos fatores precisam ser avaliados antes de distribuirmos
as responsabilidades por esta tragédia, mas uma coisa é certa: o dono da
barragem é responsável por ela e por todos os danos causados. Diversas informações
estão surgindo, desde problemas estruturais até o registro de abalos sísmicos
na região, os tremores de terra, mas de baixa intensidade, teoricamente, sem poder
para abalar as estruturas de um grande talude de barragem de rejeitos. E a
fiscalização? Foi ou não eficiente? Os peritos terão pela frente um grande
quebra cabeças para resolver. O certo é que dezenas, ou até mesmo, centenas de milhões
de metros cúbicos de rejeitos de mineração foram despejados nas cabeças dos
moradores de um pequeno distrito do Município de Mariana, impactando o pequeno
Rio do Carmo com previsão de contaminar o Rio Doce em toda a sua extensão, até
a foz, no Espírito Santo, impressionantes 800 quilômetros. O Rio Doce, além de apresentar uma redução histórica
na sua vazão por conta da seca no Vale do Rio Doce, agora recebe esta
impressionante carga de rejeitos. Quem disse que o que está ruim não pode
piorar?
A economia de Minas Gerais tem um de seus
tripés alicerçados na mineração. Falar em fechar as mineradoras é condenar o
Estado à falência. Mas, na contramão ambiental, a atividade é altamente
impactante, destruindo lençóis freáticos e artesianos, utilizando quantidades
absurdas de água nos seus processos, gerando grandes quantidades de resíduos,
principalmente os rejeitos líquidos.
Nestes grandes processos exploratórios dos
recursos naturais promovidos pelas mineradoras não cabe mais a geração e a deposição
destes resíduos da mesma forma que se fazia a mais de 70 anos. Os processos de exploração
evoluem, mas o descarte dos rejeitos não. Continuam com suas barragens de
rejeitos colocando em risco milhares de vidas e o meio ambiente.
Após estas inúmeras tragédias que citamos, está
na hora do Estado cobrar das empresas, pesquisas de reutilização e reaproveitamento
dos rejeitos. Os atuais modelos de disposição de rejeitos não deveriam mais ser
aceitos pelos órgãos ambientais. Esperamos que mais esta tragédia não fique no
esquecimento e que os nossos políticos discutam de forma séria e responsável
sobre o futuro dos rejeitos da mineração.
domingo, 1 de novembro de 2015
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