sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ATÉ QUE PONTO AGUENTAREMOS?





Segundo a agência americana que monitora as condições dos oceanos e da atmosfera terrestre o mês de julho foi recorde: o mais quente já registrado para este mês nos últimos 135 anos, ou seja, desde 1880.  Considerando as projeções feitas por alguns especialistas, pode-se estimar que foi o mais quente dos últimos quatro mil anos!  Considerando o primeiro semestre de 2015, as médias também foram as maiores já registradas. E como tudo que não está bem pode ficar ainda pior, esta mesma agência climatológica compactua com as informações liberadas pela agência espacial americana, a NASA e a agência meteorológica do Japão informando que o ano de 2015 será o ano mais quente da história moderna. São vários os fatores que estão promovendo o aumento de temperatura do planeta: fatores naturais e antrópicos, ou seja, causados pelo homem. Dentre os fatores naturais, o principal é um evento muito conhecido no planeta, o chamado El Nino. Este evento é um aquecimento acima da média das águas do Pacifico Sul que causa uma grande bagunça no clima do mundo, principalmente na região tropical. Segundo os pesquisadores, este ano o evento El Nino será um dos mais intensos já registrados. No Brasil temos chuvas em excesso no Sul e seca no Nordeste. Infelizmente é considerado um fator natural do planeta e estamos totalmente sujeitos aos seus efeitos.
Os fatores causados pelo homem, que já estamos cansados de ouvir falar, passa pela industrialização, consumo excessivo dos recursos naturais, queima de combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão mineral, as queimadas, muito comum no Brasil, o desmatamento e diversos outros fatores menores, mas igualmente danosos ao meio ambiente, tendo o homem como responsável.
Para complementar este ciclo mortal, quanto mais quente, mais energia elétrica é necessária para aliviar o calor pois mais ar condicionados serão utilizados, ventiladores, geladeiras e freezers além do ar condicionado dos veículos que aumentam o consumo de combustíveis como gasolina, diesel e álcool.
Estamos vivendo um ciclo perigoso no planeta com o aquecimento global e o aumento vertiginoso do consumo de energia para sobreviver neste calor intenso. Alguns questionam informando que o aquecimento global é uma grande farsa capitalista, mas você leitor pode fazer uma pequena pesquisa para saber se a sensação de calor aumentou ou não. Converse com seu avô, avó ou bisavós ou outras pessoas que já passaram dos setenta anos e pergunte a elas se as temperaturas de hoje são as mesmas, estão menores ou se o calor aumentou na sua região em relação há algumas décadas atrás; cinquenta ou sessenta anos.


As nações, seus governantes e populações, estão repensando as suas ações em relação as mudanças climáticas, mas ainda é pouco. Precisamos de ações mais firmes e comprometidas de todos com o nosso meio ambiente e a nossa própria sobrevivência.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SE ELES CONSEGUEM, POR QUE O BRASIL NÃO CONSEGUE?????



O rio Tâmisa, um dos cartões postais que atravessa a Inglaterra e a sua capital, Londres, sempre foi motivo de vergonha para os
moradores. A situação de poluição é antiga, desde o século XIX, nos anos de 1800. Naquela época o rio era chamado pelos habitantes da terra da Rainha Elizabeth de “o grande fedor”. A situação de agressão ambiental perdurou por várias décadas, a ponto de ser declarado “biologicamente morto” pelas autoridades inglesas. A partir da segunda metade do século passado as autoridades inglesas resolveram tentar reverter este quadro de extrema poluição do rio iniciando o processo de despoluição do seu leito, um caminho longo, de muito trabalho e principalmente, de elevado gasto financeiro. A melhora lenta e gradual da qualidade das águas do rio já é visível, principalmente com a observação de inúmeros animais marinhos que haviam desaparecido da região por conta da poluição. Golfinhos, botos e até mesmo uma baleia bico de garrafa já foi observada próximo a Londres. Os biólogos estimam que cerca de 670 focas comuns vivam no estuário, sem contar as inúmeras focas cinzentas.

A presença destes grandes animais na região é um indicativo de que os estoques pesqueiros aumentaram significativamente na região. Estas informações mostram que, mesmo em situações extremas de poluição, aparentemente irreversíveis, com uso adequado da tecnologia, vontade política e recursos financeiros é possível reverter quadros de degradação ambiental extrema. Outros rios pelo mundo já foram totalmente recuperados, como o rio Cheonggyecheon, em Seul, que era totalmente poluído e hoje é uma das áreas de lazer da capital sul coreana, rico em áreas verdes e águas cristalinas. O projeto desenvolvido no rio é referência mundial em humanização de cidades, não apenas pela despoluição das águas mas também pela construção de parques lineares que otimizaram o contato das margens com os moradores. Seul é a sétima maior cidade do mundo em número de habitantes com cerca de 10,3 milhões de pessoas. Mesmo com o seu grande porte e pressão de urbanização foi possível recuperar a sua estrutura. Uma outra melhoria ambiental extremamente importante que ocorreu na região: a temperatura médiana área do canal reduziu, em média 3,6º C em relação as outras áreas da cidade.

Enquanto os sul coreanos e os ingleses revitalizam seus mananciais de água, no Brasil continuamos a usa-los com esgoto e lixeira. Situações de poluição como ocorre no rio Paraíba que tem seu curso passando pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; do rio Pinheiros e rio Tietê em São Paulo são inconcebíveis, considerando o grande déficit hídrico que os maiores estados do
Brasil tem passado nos últimos anos. Infelizmente no Brasil, falamos muito, discutimos muito, idealizamos muito mas, quando avaliamos a prática de implantação dos projetos, verificamos que ela não existe, ou se existe, são ações muito frágeis e incipientes.

 O país deveria reavaliar a sua postura em relação aos recursos hídricos do nosso território agindo de forma mais efetiva e eficiente na recuperação destes recursos. Se nem mesmo o efeito olimpíada foi suficiente para estimular os governos a despoluir a baia de Guanabara, então o que realmente poderia motivar os nossos políticos a promover a recuperação dos nossos recursos hídricos?

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A CIÊNCIA, A TECNOLOGIA E O MUNDO (THE SCIENCE, THE TECHNOLOGY AND THE WORLD)




Está provado: sem desenvolvimento científico e tecnológico o Brasil não irá avançar para lugar algum.  A população mundial cresce a cada dia e todos precisam de alimentos, roupas, remédios e tecnologia. Para dar conta de produzir tudo que o ser humano precisa a um custo acessível, sem degradar o meio ambiente e promover as mudanças climáticas é muito complexo. Por exemplo, para produzir o arroz em quantidade e qualidade é preciso sementes geneticamente eficientes, tratores para preparo do solo e plantio, utilizando combustível para esta atividade. Fertilizantes químicos, a maioria importados, tendo que ser transportados milhares de quilômetros de navio, caminhão, trem até chegar a propriedade rural. Tem o defensivo agrícola para combater as pragas e doenças, a irrigação com equipamentos que consomem energia, tem a colheita que usa máquinas que consomem combustível, o transporte, o processamento (tirar a casca e polir o grão). Tem o armazenamento em grandes silos. Tem o ensacamento, o transporte até o distribuidor e ao supermercado, tem a compra pelo consumidor, o preparo e finalmente o consumo. E ainda temos o ciclo do feijão, milho, trigo, e diversos outros produtos que devem seguir cadeias longas e complexas até chegar a sua mesa. Com tudo isto o produtor ainda deve proteger, por lei, a sua reserva legal, as áreas de proteção permanente, os rios e fontes hídricas.
Apesar deste complexo funcionamento da engrenagem logística, ela deve ser melhorada continuamente, aprimorando os sistemas de produção e aumentando a produtividade, considerando que o tamanho da população aumenta a cada dia e a mesma fica cada vez mais exigente.
Por conta disto as Universidades e os Centros de Pesquisa do Brasil e do mundo devem manter as suas pesquisas científicas continuamente, criando plantas, fertilizantes e máquinas agrícolas cada vez mais eficientes para produzir cada vez mais e a baixo custo. Países desenvolvidos investem muito em Ciência e Tecnologia e colhem seus frutos relativos à geração do conhecimento através das patentes e vendas destas tecnologias além, é claro, de aumentar sua produtividade interna de alimentos.   A soja transgênica mais vendida no mundo, inclusive no Brasil, é a soja Roundup ready que apresenta alta produtividade quando combinada com um herbicida especifico, o glyphosate. A empresa Monsanto, assim com o seu país de origem, os Estados Unidos, ganham muito dinheiro com o domínio das patentes das variedades de soja e do herbicida em todo o mundo, apesar da patente do herbicida já ter vencido.

Resumindo: quem detém o conhecimento cientifico e tecnológico está à frente de todas as demais nações dependentes de tecnologia. Já perceberam que algumas pessoas dependem de certos remédios que não tem no Brasil, que precisam ser importados e que custam uma fortuna? Por conta disto os países asiáticos passaram a investir pesado em desenvolvimento tecnológico com a criação de Universidades e pessoal qualificado para o desenvolvimento tecnológico. Devemos valorizar as nossas Universidades não apenas como formadora de bons profissionais, mas também como geradora de novas tecnologias para o desenvolvimento do país.


It's proven: no scientific and technological development Brazil will not go nowhere. The world population is growing every day and all need food, clothing, medicine and technology. To account for produce everything that the human being needs at an affordable cost, without degrading the environment and promote climate change is very complex. For example, to produce rice in quantity and quality it takes seeds genetically efficient tractors for land preparation and planting, using fuel for this activity. Chemical fertilizers, mostly imported, having to be transported thousands of kilometers of ship, truck, train to reach rural property. Has the crop protection product to control pests and diseases, irrigation equipment that consumes energy, has the harvest using machines that consume fuel, transport, processing (remove the peel and polish the grain). It has storage in large silos. Has the bagging, transport to the distributor and supermarket, is the purchase by the consumer, preparation and finally consumption. And we still have the bean cycle, corn, wheat, and various other products should follow long and complex chains until it reaches his desk. With all this producers must still protect by law the Legal reserves, areas of permanent protection, rivers and water sources.

Although this complex logistics operation, it should be improved continuously improving production systems and increasing productivity, considering the size of the population increases every day and the same is increasingly demanding.

Because of this the Universities Brazil and the research centers word must keep their continuous scientific research, creating plants, fertilizers and more efficient farm machinery to produce more and at lower cost. Developed countries invest heavily in science and technology and reap its fruits on the generation of knowledge through patents and sales of these technologies and to increase their internal productivity of food. The transgenic soybean most sold in the world, including Brazil, is the Roundup Ready soybeans that has high productivity when combined with a specific herbicide, glyphosate. Monsanto company as well with their country of origin, the United States, earn a lot of money to the field of patents on varieties of soybeans and herbicide in the world, despite the herbicide patent has already expired.

Who has the scientific and technological knowledge is ahead of all other nations dependent on technology. Have you noticed that some people depend on certain remedies that do not have in Brazil, which need to be imported and that cost a fortune? Because of this Asian countries are investing heavily in technological development with the creation of universities and qualified personnel for technological development. We should value our universities not only as a good professional trainer, but also as a generator of new technologies for the development of the country.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E A CRISE ECONÔMICA (THE ENVIRONMENTAL DEGRADATION AND ECONOMIC CRISIS)

A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E A CRISE ECONÔMICA






A crise econômica criada por gestores incompetentes e, muitas vezes mal intencionados, afeta não apenas a gestão pública e a população mas também o meio ambiente. Vivemos em um tempo onde a pressão social para o acúmulo de riquezas é grande e a forma para alcançar estes objetivos está atrelada aos mais diversos processos éticos, legais e de esforço pessoal, mas também aos ilegais como a corrupção, sonegação e a exploração insustentável dos recursos naturais, incluindo a exploração ilegal de madeira de matas e florestas e de animais silvestres.
Neste momento de crise onde as portas se fecham assim como as oportunidades de ganho e até mesmo de sobrevivência, os olhos ficam voltados para uma das grandes riquezas que o país possui: os recursos naturais. No caso da sobrevivência temos alguns casos extremos. Pessoas que moram no interior, que sobreviviam com um salário mínimo,  utilizado para sustentar toda a família, de repente se encontram desempregados e sem qualquer possibilidade de obtenção de recursos financeiros. O desespero faz com que os membros da família partam para campo para caçar animais silvestres e realizar a extração vegetal na mata nativa. Apesar de ser um ato ilegal, como punir estas pessoas, totalmente excluídas de nossa sociedade e sujeitas a morrer de fome?  E os mega exploradores das florestas que promovem a extração ilegal de madeira, principalmente da Amazônia, o paraíso das madeiras nobres e de alto valor? Com a crise financeira a ação dos fiscais fica comprometida por falta de recursos para ações básicas  como abastecer um veículo oficial para averiguar denuncias.  Com isto os exploradores ilegais  deitam e rolam, destruindo o que ainda temos de matas nativas. Pessoas que não tem o mínimo de comprometimento com a sociedade ou o meio ambiente, explorando as pessoas pobres da região, utilizando-as como mão de obra barata e, porque não dizer, escrava, pois não recebem benefícios ou qualquer outro tipo de apoio, apenas o suficiente para sobreviver, subjulgadas diante das ameaças veladas dos pseudo patrões.
Proteger e recuperar o meio ambiente e seus recursos naturais envolve grandes somas  de recursos financeiros , dinheiro que o país não tem, ou tinha, mas foi desviado ou mal utilizado. Não temos bola de cristal para adivinhar o futuro, mas o aumento desenfreado do desemprego, a redução dos investimentos públicos e a redução das atividades econômicas no Brasil empurrará uma grande massa de brasileiros desacreditados com uma melhora de curto prazo na economia, para a exploração de recursos para sua sobrevivência. A exploração dos recursos naturais como o tráfico de animais silvestres, garimpos ilegais e altamente impactantes, produção de carvão de madeira nativa, dentre outras ações serão intensificadas, criando um problema a mais para os governos e a sociedade.

O certo é que com a economia fraca e em recessão a pressão sobre os recursos naturais  aumentará, fato que já acontece em países pobres do planeta. E como os governos lidarão com mais este problema? Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.